sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Carta ao Vice-Reitor da Universidade do Minho Dr. José Mendes

09-09-2013 17:43

Carta ao Vice-Reitor da Universidade do Minho Dr. José Mendes

Exmo. Sr. Dr.

Não tenho o grato prazer de o conhecer, mas contudo vou tomar a ousadia de lhe escrever esta carta, não pelo correio, mas usando o meio mais simples actualmente que é o meu blogue e o meu perfil de facebook. Quiçá a sorte não me protege e V. Exa. terá acesso à mesma.

Após justificar o meio, deixe por favor que me apresente.

Chamo-me Fernando, fui, sou e serei eternamente um académico, para V. Exa. um "praxista". Tenho 49 anos, sou pai de duas filhas, uma delas já estudante Universitária na Universidade do Porto. De modo a descansar V. Exa. dir-lhe-ei ainda que não estou na "praxe", sendo até "non-gratu" na Praxe do Porto.
Agora que minimamente já me conhece, é meu dever justificar o porquê desta missiva.
Li com muita atenção o artigo de opinião que V. Exa. escreveu no Jornal de Noticias de 08 Setembro de 2013, ou seja, ontem. Estou ciente que é um artigo de opinião e como tal é livre já que felizmente estas ainda não pagam impostos. Após a leitura cuidada, senti necessidade de escrever a V. Exa. para poder fazer-lhe chegar também umas simples ideias de um mero veterano, ainda por cima um "non-gratu" das Tradições Académicas.
Durante os anos que participei em Tradições Académicas, nunca humilhei, nunca me senti humilhado, nunca pratiquei nem deixei praticar na minha presença qualquer acto que fosse passivel de ser considerado atentado contra quem quer que fosse. A prova caro Sr. Dr. é que ainda hoje juntamos os antigos estudantes da minha Faculdade, uns que "praxei", outros que me "praxaram" e para grande espanto dos "anti"  deste país a emoção, a amizade, a camaradagem, a felicidade de nos revermos é tanta que tenho a certeza todos nós teremos o maior prazer em o convidar a participar no próximo Encontro de Antigos Alunos de Letras de modo a que V. Ex. possa confirmar com os próprios olhos a veracidade desta afirmação.
Tal como V. Exa. também eu não gosto particularmente dos palavrões que se ouvem nas praxes, mas gostaria de lhe dizer que a culpa é talvez do grau de educação que aos poucos se vai degradando, não só nas "praxes" mas na Sociedade em geral. A começar pelos governantes. Tal como V. Exa. nem eu, nem os Orgão de Tradições Académicas desresponsabilizam os académicos que cometem erros, quiçá até sejam bem mais justos que os que nos governam uma vez que estes desresponsabilizam sempre os "amigos" que escolheram. É verdade sr. Dr., na Tradição Académica fazemos amigos, não é obrigatório estar na Tradição para fazer amigos, mas que ajuda, ajuda.
Diz no artigo V. Ex. que: "... Gostei de ser praxado quando joguei futebol, onde não existiu hierarquia nem punição. Gostei de ser praxado quando servi como militar, onde existiu hierarquia mas ninguém me ofendeu... ".
Sabe, por acidente V. Exa. quantas queixas existem sobre as "praxes" militares, ou sobre as praxes no Desporto? É que são muitas. Contudo, não consigo ver artigos contra elas em dia de cada nova incorporação de militares, ou de inicio de época de cada Clube.
A Tradição Académica é um modo de vida perfeitamente igual a outros modos de vida que por aí proliferam. Uns gostam de Futebol, eu pessoalmente não gosto. Uns querem mudar o Mundo com a politica, outros como eu acreditam que ensinar regras de educação, de urbanidade, de camaradagem, de solidariedade  são modos de conseguir mudar o mundo para melhor. Saiba V. Exa. que todas as regras de Tradição Académica têm um fundamento pedagógico, é necessário é que não se seja "carneiro" e se procure onde estão.
No seu artigo fale em pintura de caloiros. Não sei a realidade da U.M. mas na minha Academia as pinturas estão proíbidas pelas Tradições Académicas desde 1990. Isto para evitar problemas de pele e porque "o Baton é posterior à Tradição Académica".
Quando às sugestões que V. Exa. oferece no seu "Utilis Praxis,Sed Praxis", convém explicar-lhe algo que penso V. Exa. não está ao corrente.
É uma das maiores regras de Tradição Académica a Solidariedade. Caso V. Exa. não saiba, é tradicional os Académicos se apoiarem nas actividades e mesmo em oferecer "trajos académicos" aos colegas que embora o querendo não têm possibilidades de o comprar. Já agora com uma caracteristica muito especial, existe um certo "secretismo" na situação porque estes seres de "sorriso sedente, quase ameaçador" têm alguns conhecimentos de vida que não os deixa permitir que colegas sejam discriminados por condições economicas.
Saberá V. Exa. que é Tradição Académica existir na semana de "recepção ao caloiro" e na "queima da fitas", na U.M. também, um "Dia de Beneficiência" em que os estudantes dedicam-se a fazer um peditório para instituições que necessitam? Contudo, a Ideia de distribuir comida pelos "sem-abrigo" é uma excelente ideia, que só não proponho que se faça no Porto, porque me encontro "fora da praxe" como anteriormente informei V. Exa, contudo penso que seria de maior utilidade ter atenção e apoiar os colegas que para estudar passam fome, como se vai fazendo, porque as propinas são demasiado elevadas.
Quanto à ideia de "cortar relva no Campus" penso que também é uma ideia genial, pena é vir de um elemento de uma Reitoria que mandava identificar os estudantes trajados que se abeiravam de um colega para o ajudar a matricular, coisa que também é tradicional entre as Tradições Académicas. Como será possivel aos meus colegas da U.M. levarem a efeito a ideia de V. Exa. se não podem chegar sem serem identificados aos colegas "caloiros".

Sabe Sr. Dr., tenho esta ideia desde à muitos anos. Os maiores culpados das graves situações que infelizmente vão acontecendo por aí é das Direcções das Faculdades e das Reitorias. Eu sei que isto é um bocado forte mas deixe que me explique. No meu tempo de caloiro e até veterano, as Praxes eram levadas a efeito dentro das Instituições. Logo era muito mais fácil que fossem controladas quer pelas direcções quer pelos Veteranos de cada Instituição. Os exageros eram assim travados mal alguma ideia fora do normal surgia. Agora que V. Exas. decidiram proibir as suas práticas nos "Campus", o que acontece é que elas são levadas a cabo em vários locais, o que torna impraticável a supervisão dos "anciãos" às mesmas.
Não é possível que V. Exas. que assistem aos Cortejos das Queimas das Fitas, ou do "Enterro da Gata" no caso, tenham a ousadia de pensar que aquela quantidade enorme de Jovens é toda um bando de "gente que não sabe o que faz", ou que "é maluca para andar naquelas coisas a ser humilhada", ou mesmo para chorar copiosamente abraçados uns aos outros e aos seus doutores no final de cada cortejo.
Eles choram Sr. Dr. porque sabem que são um. Eles choram Sr. Dr. porque sabem que as atenções e o carinho que durante um ano receberam dos mais velhos acaba naquele momento. Eles choram Sr. Dr. porque não têm a certeza se serão capazes de dar aos outros o que a eles foi dado. Eles choram Sr. Dr. porque não são Veteranos, se o fossem tinham a certeza que Tradição Académica é Vida e Paixão" e que aquelas lágrimas já são uma primeira demonstração da sua Paixão.
Mas sabe, Sr. Dr. a Tradição Académica tem um enorme problema para resolver. É que cada vez existem mais académicos e cada vez se torna mais dificil ensinar a viver e sentir o que é "Ser Académico". Eu já ensinei algumas gerações, agora tenho reparado como ensinam a minha fillha, e devo-lhe dizer que sinto um enorme Orgulho em ver a minha filha de "Capa e Batina" a receber caloiros, e de a ver na Tuna Académica, outro elemento das Tradições Académicas que V. Exas. infelizmente só se lembram quando vos dá jeito. Sabe, Sr. Dr. sigo com olhar atento e de "veterano" as praxes que lhe fizeram e devo afirmar-lhe que estou imensamente grato aos "doutores e veteranos" que a ensinaram porque consigo ver nos olhos dela não a minha paixão, porque essa é muito minha, mas a paixão que ela tem pela mesma Tradição que o Pai tanto defendeu, defende e defenderá sempre que necessário.
            Finalizando gostaria de lhe dizer que no "Dura Praxis Sed Praxis" sempre esteve incluído o seu "Utilis Praxis Sed Praxis" é necessário é que se esteja mais Atento.
Um Académico Ad Eternum
Fernando Borges

Dedicatória aos meus Amigos

 29-08-2013 18:49


Dedicatória aos meus Amigos

"...Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!", esta excelente frase é de um Fernando que não eu. Mas é sem dúvida uma frase que poderia ser minha, tivesse eu o engenho e a arte, ou de qualquer outra pessoa. É uma frase que serve brilhantemente para o que decidi escrever. Infelizmente existem alguns amigos meus que já partiram, a demora em escrever este simples texto também se deve a isso.
Decidi não escrever em cima de duas homenagem que decidi fazer a dois amigos, um que partiu fez esta semana 6 anos, e outro que partiu esta semana.
Agora já posso escrever, também com o pensamento no próximo sábado dia 31 de Agosto em que irei reencontrar imensos amigos que a vida fez terem de se separar fisicamente de mim.
Não sou um amigo fácil, não gosto de andar sempre a contactar os meus amigos, sou mais de ficar no meu espaço. Por vezes, arrependo-me de não ser mais activo nas minhas amizades mas tenho sempre um receio inato de incomodar, por isso me deixo ficar no meu cantinho e não dou noticias. Mas tenho algumas excelentes caracteristicas como amigo, sou interessado, observador, bom conselheiro, preocupado, bom "ouvinte", e tenho uma excelente caracteristica, além de ter uma excelente memória, sou bastante agradecido aos meus amigos.
Serve tudo isto para agradecer a todos aqueles que ao longo da minha vida tive o prazer de considerar amigo, os mesmos que ainda hoje considero. Não sois muitos, tenho a certeza, mas sois fenomenais. As vicissitudes da vida podem ter feito com que nos tivessemos separado, mas queria que soubessem que da minha parte ela só o conseguiu fisicamente, porque na minha memoria e nas minha vida estais sempre presentes como se ainda ontem tivessemos estado juntos.
Este Verão a vida decidiu mostrar-me o quanto está correcto o meu pensamento.
Não interessam os anos que a vida nos possa ter afastado, não interessa a distancia fisica que a vida pode colocar entre nós, não são suficientes as dificuldades de contacto que possam existir, porque quando queremos, quando somos amigos, vencemos mesmo qualquer barreira e parece que ainda foi no dia anterior que estivemos juntos.
Poderia citar os nomes todos, um por um, dos meus amigos, desde a infancia até aos dias de hoje, a quem dedico este texto. Pensei mesmo em fazê-lo. Mas cheguei à conclusão que não vale a pena. Vocês sabem mesmo quem são. Afinal eu até tenho imensa dificuldade em chamar amigo a alguém, e a vocês além de chamar tenho a certeza que demonstrei.
Sou mesmo estranho nas minhas amizades. Não dou valor a pequenas coisas nem mesmo a qualquer ingratidão que possa sentir por parte de algum "amigo". Aceito facilmente um "Não" de um amigo, mesmo perante as coisas mais banais. Não gosto que me agradeçam porque para mim ser amigo é fazer tudo o que é possivel pelo outro, e eu tento sempre dar o máximo de mim. Por vezes, e pelas mesmas razões não agradeço. Mas cheguei à conclusão que nem todos têm de pensar como eu, e como tal tenho de ser suficientemente humilde para agradecer mesmo quando a minha filosofia de vida me diz que não é necessário. Afinal os outros também têm direito a pensar como querem. Por isso aproveito este simples texto, para dizer a todos os meus amigos que ao contrario de mim necessitam de um agradecimento, o seguinte: " Amigos estou verdadeira e sinceramente agradecido pela Vossa Amizade, saibam que nunca vos esqueço nem esquecerei. Quando vos voltar a encontrar não estranhem, por favor, que após aquele longo e sentido abraço, eu esteja a falar convosco como se os anos não tivessem passado, e ainda ontem tivessemos estado juntos. É assim que eu sinto. Estive sempre convosco todo este tempo."
Perdoem contudo, se eu voltar para a minha concha e esteja sem dar noticias imenso tempo. Diz o povo que "burro velho não aprende linguas" e eu já não estou a caminhar para novo. Não é maldade, nem esquecimento, nem ingratidão, nem egoismo. É simplesmente a minha forma de estar na vida e que por vezes até me deixa ficar triste comigo próprio. Se sentirem que me querem ver, que querem estar comigo, não se acanhem, liguem, apareçam, contactem, e podem ter a certeza que deste lado sentiram a gratidão pelo reencontro e os mesmos braços abertos para vos receber.
Nunca se esqueçam contudo, que se eu não vos contacto não é mesmo por maldade, ou orgulho. É mesmo por burrice. Os meus amigos nunca me incomodam e tenho a certeza que eu nunca os incomodarei, mas tenho sempre o receio de ser inoportuno e como feliz ou infelizmente tenho uma vida plena de liberdade e sem compromisso é mais fácil serem voces a gerir os vossos tempos porque eu tenho sempre todo o tempo do Mundo para todos e cada um de vós.
Sempre ao vosso lado, o vosso amigo

Fernando



Até Sempre Campeão - Singela Homenagem a Aleksander Donner


26-08-2013 15:51

Até Sempre Campeão - Singela Homenagem a Aleksander Donner

Partiu Aleksander Donner, o "Senhor Andebol" em Portugal. O Treinador mais titulado em Portugal. O treinador que revolucionou o Andebol Português, o treinador como ainda hoje diz em entrevista o também grande Carlos Resende, introduziu em Portugal, "...A forma como os centrais se inserem no ataque; os passes picados ao pivô. ... A defesa 5x1, própria da escola Russa, também foi ele que trouxe. ... Todos os clubes passaram a treinar duas vezes por dia, para acompanhar o ABC. Iniciou-se um Ciclo Fantástico." Coisa pouca de certeza para o reconhecimento que por vezes lhe faltou.
Depois destas palavras de quem sabe tanto de andebol só me resta falar da minha experiência com Donner.

Conheci Donner enquanto elemento da Organização do Kakygaia e como tal seu adversário. Mantivemos uma relação bastante educada e cordial como tem de ser entre pessoas educadas. No jogo da primeira volta entre o C.J. Almeida Garrett e o C.D. Gil Eanes disputado a um domingo de tarde, quando o Gil chegou, Donner depois de me cumprimentar veio-me perguntar como se vinha de Metro da Boavista para o Pavilhão, disse-lhe que não era possível, teria de mudar de transporte e iria demorar bastante tempo. Perguntei porquê, e respondeu-me que o seu filho queria vir ter com ele e estava na Boavista. Disse-lhe que iria arranjar maneira de o ir buscar para o trazer, mas como estava sem carro teria de pedir a alguém. No seu jeito característico, disse que não valia a pena incomodar. Que o Sandro viria noutra vez. Nada mais disse. Quando vi chegar o pai da sua Atleta, Ana Meira, pedi-lhe eu o favor e lá partimos os dois em busca do Sandro de quem entretanto, Donner me tinha dado o numero de telemóvel. Conseguimos trazê-lo. O Prazer e o Agradecimento daquele Pai, ficou bastante expresso no seu olhar, e na forma como de mim se despediu. Passado algum tempo, fomos jogar a segunda volta ao Gil. Mal me viu, Donner veio cumprimentar-me, bem como ao Treinador e ao Presidente e gentilmente convidou-nos para vir tomar café ao Bar do Gil. Lá chegados pediu 3 cafés para os "Seus Amigos". O Funcionário simpaticamente atendeu-nos e Donner como excelente profissional pediu desculpas e dirigiu-se para a sua Equipa. Mal ele saíu e funcionário virou-se para nós e disse: " Ele deve gostar muito de vocês, porque dificilmente chama amigo a alguém".
Senti uma honra Enorme.
Desde essa altura sempre que me viu teve sempre a simpatia de me vir cumprimentar e de comigo conviver. Se admirava o treinador passei a admirar o Homem.

Esta simples Homenagem de um anónimo no Andebol e seu adversário, serve apenas para realçar a atitude de um extraordinário ser humano, para com alguém que conhecia à pouco tempo, uma vez que tenho a certeza as homenagens dos seus Atletas, do Mundo do Andebol em geral terão tendência para enaltecer o lado técnico deste Campeão.

Até Sempre AMIGO Donner, descanse em Paz, que aqui nesta dimensão muitos seremos os que lhe vamos sentir a Falta. Abraço
Partiu Aleksander Donner, o

Um Entardecer para Ti



15-01-2004 16:15

 Um Entardecer para Ti

Sabes amor, a Primavera da nossa relação está a chegar ao fim! O dia daquele amanhecer rompeu! Mas não sei porque razão o sol que ele trouxe parece-me um sol primaveril mas com uma dificuldade enorme de ultrapassar as nuvens. Por vezes, parece-me que és tu que fazes essas nuvens, por vezes parece-me que és tu que dás força ao sol para romper e eu não consigo enfrentar esse sol de frente.
Eu sei que o calor também pode trazer transtorno e exige muito tempo. No calor são muitas as vezes que temos de tomar banho para manter o corpo saudável e isso exige parar e perder tempo, mas é necessário para se estar limpo e bonito. Na relação a dois também quando chega o verão temos o perigo de ter de perder tempo a tomar os nossos banhos relacionais, de nos embelezarmos para que uma relação se mantenha saudável, mas eu sei que não estou a reagir bem a esta espera.  Não percebo, mas sabes princesa, ao fim de tanta e tanta gente que me tem magoado, pus toda a minha esperança de ter alguém que me entenda, que dê aquele carinho que é brisa dos dias sufocantes de verão, que me dê amor que é o fim de tarde numa esplanada à beira-mar, em ti, só em ti. Esqueci amor, que estás numa fase da tua vida que é uma primavera constante. Que descobres todos os dias uma razão nova e diferente para viver.
Esqueci que nada tenho para te oferecer que não seja uma nortada de areia que cai na nossa toalha quando desfrutamos plenamente dos prazeres da praia. Desculpa!
Não se pode pedir tanto a uma sereia como tu. Os bebes necessitam de tempo para aprender a andar, e antes gatinham. Mas eu quero que tu não passes essas etapas do crescimento e peço-te para correr a velocidade de cruzeiro comigo, além disso esqueço que escolho um terreno lindo mas muito difícil, escolho a praia. Não é possível bater o recorde dos 100 metros num terreno tão difícil.
Mas não te peço nada disto por mal! Peço porque te coloquei no santuário da minha paixão e não deixo que ninguém te toque. Eu sei que te quero demais, que por vezes te exijo de mais, mas que queres nunca se pede pouco ao santo da nossa devoção. Toda a minha esperança em ter alguém que nunca possa falhar depositei em ti. Apaguei os teus defeitos humanos e dei-te virtudes divinas. Comecei a amar-te em silêncio e passei a amar-te tanto que hoje necessito de ti para respirar. É ao pensar em ti, que sinto forças para enfrentar o Inverno que se avizinha. É contigo que quero estar no Outono junto ao mar.
Depois, como o meu coração parece pedra de tanto me baterem, exijo de ti o que não exijo de ninguém.
Quero de ti divindade e não humanidade, mesmo sabendo que és humana. Quero de ti perfeição e além de eu não ser perfeito, não peço perfeição a mais ninguém. Exagero de expectativas pensarás! Eu sei!!!
Mas, meu sol, a minha vida era pouca para te demonstrar e dar tudo o que te queria dar. Quando fecho os meus olhos e sonho, é contigo que o faço. Vejo-te junto a mim com as meninas com o nosso menino, juntos e felizes. Tenho uma necessidade louca de te cobrir de flores, de beijos, de mimos de tudo aquilo que sabemos faz qualquer mulher feliz. Levar-te a ver o mundo a passear por todas as sete maravilhas do mundo. Vejo-te na 5Th avenue a comprar carteiras e roupa e eu feliz a teu lado.
Mas amor, o nosso dia está a entardecer e com ele vem a noite!
Compete-nos por vontade divina escolher a noite que queremos. Se uma noite de Frio Inverno em que teremos sempre o prazer de estar abraçados debaixo de um cobertor a trocar carícias de amor  junto ao lume palpitante da lareira. Ou uma noite quente de verão onde dançamos loucamente ritmos de amor e sempre que tocamos os nossos corpos, temos a sensação de tocar um corpo e não uma camisola de lã.
Uma noite quente e alegre, e feliz, e doce, e apaixonada.
A minha escolha será sempre a tua escolha, vejo vantagens e loucura nas duas, embora goste mais do verão!
Só não quero é que a noite que se aproxima seja uma noite gélida, nublada, com chuva torrencial e granizo. Uma noite daquelas que ninguém gosta porque nada nos consegue aquecer.

Olha amor, o Sol já passou o seu meio-dia, começa a inclinar para se deitar e deixar que a lua brilhe por ele. Dentro em breve irá entardecer! A noite vem logo ali!
Escolhe amor, escolhe o nosso futuro nocturno. Marca mesa para o Jantar; escolhe a ementa; escolhe como vamos passar a noite; marca lugar na discoteca que vai estar cheia; marca hotel se for longe ou se te apetecer ser diferente; escolhe um ou dois quartos em função do tipo de noite que escolheste; marca voo no avião, se o céu for pequeno e for o espaço que pretendes marca lugar no Vai-Vem;
Mas por favor escolhe! Não queiras que eu escolha por ti, porque o meu maior desejo é que sejas tu a escolher!
Não deixes que este entardecer chegue a noite sem escolheres que tipo vai ser ela!
Não deixes que surja um novo dia sem teres feito tudo para seres feliz no entardecer e na noite que o antecede.
Escolhe amor, eu irei feliz contigo porque escolheste, e farei os impossíveis para te dar a maior felicidade que alguém alguma vez sentiu, seja qual for a tua escolha! 

O Teu fazedor de sonhos

Um Amanhecer para ti


15-06-2003 16:13

Um Amanhecer para ti

São 6 horas desta manhã, ainda escura. O negro da noite, que só foi clareado pela luz da tua companhia, começa a dar lugar ao cinzento de um dia que teima em nascer.
Aqui sentado no carro assisto a esse maravilhoso acontecimento e penso em ti!
Não sei o que se passa, mas sei que quero estar contigo.
Não sei que confusão vai no meu sentir, mas tenho a certeza que quero estar contigo.
A verdade, é que tudo o que sei é: “Quero e Preciso estar junto a Ti!”
Não sei se és o sol que ilumina o meu dia, mas sei que quando estou contigo o mundo é muito mais colorido.
Talvez sejas este cinzento que antecipa o nascer do dia, mas tenho a certeza que quando estou ao teu lado, o meu novo dia vai ser um dia de sol de verão radiante e resplandecente.
Talvez sejas aquele primeiro raio de luz, ténue e frágil, que nos faz acreditar que é possível haver um novo dia.
A imensidão do mar, faz-me lembrar os problemas que tenho para resolver, mas sinto que com a força e o bem que me tens trazido, existe mais mar para alem daquela linha.
Junto a mim, os namorados juram promessas de amor e eu que continuo aqui sentado junto ao mar, lembro-me de ti, dos teus olhos, do teu olhar fugidio, da tua boca tão linda, desse teu sorriso encantador, desse teu gesto tão singelo de enrolar o cabelo sempre que te elogio, e pergunto ao mar, o que é isto que sinto por ti?
Do mar não obtenho resposta, talvez porque não a queira escutar, mas também não é importante, o importante é que junto de ti estou bem!
O importante é a paz que me transmites!
O importante é a força que me ofereces, sim força, onde a vais buscar não sei, mas que me ofereces não tenho dúvidas!
O importante é dar-te a mão e acariciá-la. O importante é olhar para ti a sorrir, ainda que por vezes o teu dia escureça e eu saiba as razões do teu céu ficar tão nebuloso.
O dia Amanheceu já, e hoje nasceu um dia um pouco cinzento, de tempo ameno de Primavera, talvez tão cinzento e ameno como aquilo que se está a passar connosco, mas estou certo que o Sol vai romper e brilhar, que o Sol vai ganhar a Batalha de hoje por um lindo dia, brilhante, colorido, quente. Talvez a nossa relação siga as pegadas do sol e na sua primaveril existência tenha força para afastar as nuvens que sobre ela imperam e se torne tal qual o dia que vai ficar hoje, Lindo, Brilhante, Colorido, Quente. Talvez a nossa Primavera tenha que ganhar todos os dias a Batalha da Sobrevivência para se realizar, mas estou certo que se ambos quisermos todos os dias ela vencerá qual sol de Verão… Até lá, vou ficar a aguardar o que cada dia me traz, não peço nada, simplesmente observo, com um olhar tão meigo e carinhoso como o daquele menino que deseja um bem, mas sabe que não lhe pode tocar.  Eu espero, feliz com o dia que vai passando e com a certeza de que é difícil estar longe de ti, muito mais difícil do que estar junto de ti e não te poder tocar.
Sabes, minha manhã de Primavera, fazes-me muito bem, e a verdade é que estou Feliz !!!

Feliz como já não era há muito tempo. Não sei, para onde vamos com esta ligação, mas sei que quero continuar com ela. Quero continuar a ver-te, a falar contigo, a sair contigo, a ir à praia tomar café, à discoteca, ao fim do mundo se possível. Quero poder alegrar o teu dia, quero estar ao teu lado quando estás feliz e estar junto a ti para te tirar da tristeza, quero ser responsável pelo teu rir de felicidade e por ver os teus olhos brilhar, quero ser responsável pelo teu acreditar no ser humano. Por isso de mim terás
sempre a verdade ainda que possa ser dura. Crescer dói e quero que não tenhas mais dor do que já tiveste. Por isso, respeito-te e tudo entre nós acontecerá no tempo certo e segundo a tua vontade, já que neste momento existem entre nós barreiras que temos que ultrapassar e que só depois de ultrapassadas teremos a certeza de que vale a pena tornar o desejo em realidade. Tenho a certeza de que não quero e não posso magoar-te, e tenho uma certeza louca de que mereces e tenho de te fazer feliz, seja como teu amor seja como teu amigo, para mim é indiferente, desde que sejas feliz e acredites na vida e no amor.
Sabes, princesinha, a felicidade que me tens dado é tanta, que ver-te e ouvir-te já faz de mim um homem feliz. Trouxeste um novo amanhecer à minha vida, que se encontrava triste e sombria, por isso tenho para contigo uma divida que nunca serei capaz de pagar.
Por tudo isto por favor sê feliz, se Deus quiser comigo, mas se ele tiver escrito para nós outro destino, que seja como Ele quiser pois estou certo que quer o melhor para nós.


O teu apaixonado, estúpido.

Cortejo 2011


06-05-2011 16:04

Cortejo 2011

Ontem fui assistir ao Cortejo da Queima das Fitas 2011.
Ontem tive um desgosto enorme!
Vi a minha Faculdade,outrora um "ninho de musa e sapiência" hoje dividida e pior do que isso em Guerra e todos à porrada uns com os outros!
Não gostei, tive vergonha!  Não sei quem tem razão, não quero mesmo saber!
Só sei que sou de um tempo onde o Azul que nos unia era bem mais forte que tudo aquilo que nos podia desunir!
Só sei que sou de um tempo em que os caloiros eram todos unidos!
Só sei que sou de um tempo em que os Doutores e Veteranos da minha casa colocavam a imagem de Letras no Cortejo num patamar muito elevado!
Para que não fiquem dúvidas a ninguém, para que alguns possam reconhecer lá alguns óptimos academicos de Letras, Deixo-vos uma foto de um Cortejo muito antigo!
Olhem a nossa Alegria e as nossas vestes, nada nos desunia.
Tenham bom senso e Juizo!
Literae Facultatis Ad Eternum!


Ad Eternum Raimundus

15-12-2003 15:40

Ad Eternum Raimundus



Morreu Fernando Raimundo!
Morreu o maior teórico de Tradição Académica desta Academia do Porto, e quiçá deste País!
Mas, pior de tudo isto, morreu o meu amigo Raimundo!
   Sabes amigo, deixa-me tratar-te assim, ainda que esteja certo de que não mereço a honra de assim ser tratado! Um amigo não falha e eu contigo falhei! Tinha prometido a mim próprio que tudo faria para que nunca mais esta academia tivesse de fazer homenagens póstumas a gente que tanto fez por ela, tive tempo que chegasse desde que o “nosso Chico” partiu, e falhei! Não fui capaz de convencer quem ocupa os cargos actualmente de que estes novos académicos têm de vos ouvir ao vivo a dizer e a narrar as vossas experiências, a terem o privilégio que eu tive de convosco conviver. Sabes amigo, cheguei à conclusão, e por isso falhei, de que existem muitos a quem a postura de humildade, que tu e mais alguns têm, incomoda. O Contraste é gritante e os caloiros são novos mas pensam!
    Sabes amigo, não sei se serei capaz de voltar aos nossos jantares, não sei se a dor de não estares lá é superável! Já nos custou tanto a falta do “Chico”! E quando alguém me pedir para ouvir falar de academismo, ainda que os outros vão, vais faltar sempre tu! Nunca conheci ninguém como tu! Nunca conheci ninguém que soubesse tanto e tão profundamente de vida académica como tu! Não, amigo, não estou a exagerar, como na tua simples humildade deves estar a pensar!
    Sabes, a tua humildade sempre me marcou! Para quem como eu, tem vivido nos últimos anos esta academia, tem sido de uma tristeza ouvir alguns “pseudo académicos” gabarem-se de coisas que nunca fizeram e a ti, que tantas coisas fizeste, nunca te ouvi gabar. Quando se pensou em fazer um congresso, foi um prazer ouvir-te em 15 minutos a traçar as linhas programáticas e temáticas do mesmo. Fica aqui escrito, porque em primeiro lugar nunca te agradeci e depois porque faço questão que pelo menos disto, ninguém se possa abusivamente gabar. Quando procuramos uma fotografia do Soromenho para o Congresso, lá estavas tu, trajado com a tua inconfundível bengala, que no teu tempo era pertença de um veterano e agora é símbolo de algo que não entendias como havia tantos. E já agora queria dizer-te que para mim o teu maior feito académico, foi teres criado uma saudação académica para engenharia e ela hoje ser usada por quase toda uma academia!
 “Avé Raimundus, Praxisturi te Salutam”!
    Sabes que partiste sem nunca te ouvir dizer “Fui eu que inventei”! É a diferença! É aquilo que Deus quis levar mais depressa do que devia!
    Sabes amigo, a memória das pessoas é curta! Agora daqui a algum tempo vais ser homenageado por um Magnum qualquer que exista há altura, mas agora que partiste, só o teu Conselho de Veteranos decretou luto académico, esqueceram-se os outros da perda que tu és, e de que há muito tinhas deixado de ser só de Engenharia. Não sou de engenharia como todos sabem, mas eu também estou de luto académico e penso que toda esta academia deveria estar. Estou de luto, porque comungo da dor e da saudade que a Marta, o Juliano e o Afonso sentem, bem como tantos amigos, Mas também estou de luto, porque um dos maiores académicos que conheci, acabou de partir.
    Que o Magnum Consillium Veteranorum, assim se dizia no tempo do Raimundo, se lembre daquilo que até hoje se esqueceu, “O Veterano Raimundo é desta Academia”, e como tal as honras que merece são de toda a Academia, e não apenas de Engenharia.
    E vós, caloiros desta academia sempre que fizerem a saudação académica, lembrem-se que foi um grande académico chamado Fernando Raimundo que o inventou.
    A ti, meu amigo, quero que saibas que agora não sinto vontade de continuar a pugnar para que os nossos amigos que ainda estão cá comigo sejam homenageados, é que uma academia que te deixa partir e não te homenageia devidamente, não pode ser a minha academia.
    Talvez seja a hora das trevas! A hora de haver alguns que pensam ser importantes, sem terem importância nenhuma! Talvez o luto desta academia não se possa ficar a dever à tua partida, mas sim às verdades e conhecimento despretensioso que contigo levaste!
    Talvez um dia, quando a tua capa académica voltar a voar por esta academia, o tempo da Luz volte!
    Assim quero pelo menos continuar a acreditar!

                    Ad Eternum Raimundo, Ad Eternum Amigo!
                    Paz à tua Alma, descansa em Paz

Fernando Borges
(Faculdade de Letras Universidade Porto)

Impressões de um Espectador na Latada do Porto.


29-10-2012 19:43

Impressões de um Espectador na Latada do Porto.


Caros Amigos,

Ontem voltei a sentir-me caloiro. Fui com a minha filha à Latada, e cheguei lá cedíssimo a horas impróprias para consumo, mesmo a horas que não me lembro de lá ter chegado nunca.
Assisti ao longe ao preparar de tudo.
Às concentrações de cada Faculdade. À Organização de cada instituição. À Organização da própria Latada. Ao arrancar da mesma. Ao "Juramento do Caloiro". "Ao Baptismo".
Sempre do lado de fora, sempre na prespectiva de pai e Académico "reformado".
Foi Lindo, foi mesmo maravilhosa a sensação.
Aprendi imenso.
Consegui ver que existe uma enorme mole de "gente anonima" completamente apaixonada por Tradições Académicas. Vi a minha querida Faculdade com uma mobilização e organização que me deixou Orgulhoso!
Coisas do Destino, a Organização da Latada estava entregue à minha Faculdade de Letras e à Faculdade da minha filha, FPCEUP! O Destino tem mesmo coisas engraçadas! Estiveram muito bem ambas.
Mantive-me sempre do lado do publico, não escondo que como pai babado por ver a sua filha a dar os seus primeiros passos na "vida Académica".
Adorei, não posso negar, encontrar imensos académicos do meu tempo, que por lá continuam activos ou que andavam a matar saudades.
Fui reconhecido por muitos participantes, irreconhecido por quase todos. Ainda bem!
Se todos me reconhecessem era sinal que ainda lá andava e estaria errado, este já não é o "meu tempo"!
Foi muito interessante, falar com novos académicos. Confesso que tive Orgulho em falar com eles, que me senti lisongeado pelo respeito com que me questionavam e queriam obter respostas, pela forma sincera como tinham sede de conhecer. Pelo carinho com que tratavam um pai, que perceberam tinha já estado no lugar deles e agora respeitosamente deixava-se estar do lado do publico a dialogar com eles.
Confesso amigos que me surpreendi imenso.
Nos Leões o cordão era feito por estudantes da FLUP e da FPCEUP, fiquei acidentalmente e por experiencia adquirida num local estratégico onde conseguia ver tudo. Na minha frente ficaram 4 académicos da FPCEUP, e mais tarde descobri membros da Tuna. Adorei estar a falar com eles. Todos os "ilustres" que passavam paravam para me cumprimentar e como é normal estabelecemos diálogo os 5. Foi mesmo muito bem passado o momento. Conversamos imenso, ficaram a saber quem eu era, que a minha filha era caloira deles, e admiraram-se de eu não lhes querer dizer quem era. Diziam eles que não a iriam prejudicar e ficaram espantados quando eu lhes disse que o meu medo é que a previligiassem. Falamos muito mesmo, e acreditem que as perguntas deles me fizeream ter a certeza que sempre tive razão quando achava que esta nova geração tem uma enorme sede de saber. Têm uma sede louca de conviver com gente mais antiga, de conhecer as vivencias que eles tiveram, da História que é feita esta academia, e não das histórias que por ai vão aparecendo.
Durante este espaço de tempo, a minha filha foi fazendo a sua Latada sem me ver e sem saber de mim. Como eu tinha dito a alguns "velhos académicos" o que lá estava a fazer, um deles decidiu procurá-la e levá-la ao Dux Veteranorum, era das coisas que a Ana mais temia que acontecesse, porque seria a primeira vez que a relação de amigo que possuia com o Americo Martins, era transformada numa situação institucional. Para seu espanto e suponho de todos os académicos da FPCEUP, apareceu um "velho veterano" a procurar a filha de "um veterano de Letras" no meio dos caloiros deles. Identificou-se e para seu maior espanto e julgo eu algum pânico, levou-a junto do Dux Veteranorum.
Como eu esperava, não precisaram de a identificar ele conheceu-a logo, sinal que o meu amigo Americo Martins não se esquece dos amigos nem da sua familia. "E consegui ver nela os meus olhos", o que a deixou bastante emocionada.
Mas, caro amigo Américo, não foram os meus olhos que encontraste na Ana. O que viste naqueles lindos olhos foi a mesma paixão do pai dela por Tradições Académicas, e que tu tão bem reconhecias. Sabes amigo, também eu dou por mim imensas vezes a reconhecer aquele olhar, a reconhecer aquela "paixão" e fico imensamente feliz porque sinto que só o poder revê-los é uma enorme recompensa por toda a minha vida académica!
Não queria acabar estas impressões sem deixar aqui expressa minha gratidão aos "meus caloiros" de 2003 da FLUP, alguns que ainda encontrei nesta Latada, pelo facto de terem cumprido a promessa que me fizeram nesse longinquo ano. Aos académicos da FPCEUP, por estarem a receber tão bem os caloiros deste ano, e os estarem a apaixonar por Tradições Académicas. Aos novos amigos que conheci nesta Latada, deixando-lhes aqui expresso que tudo o que vos prometi ajudar está de pé caso o necessitem. Finalmente porque para o fim devemos deixar um ponto forte da escrita, ao meu amigo Americo, por ter tratado a minha filha como a menina que ele viu nascer e crescer e ter mantido as nossas divergências académicas longe dela, algo que como o conheço bem não me surpreendeu mas me apraz registar.
Nunca te esqueças amigo que ontem voltaste a ver nos olhos de uma caloirinha a paixão que estavas habituado a ver nos olhos deste teu amigo, faz tudo por favor para que aquela paixão não se apague.
A minha não é possivel apagar!
Gratus Ad Eternum
Fernandus Bandalhus Secundus
Academiae Portus Veteranorum

Para que não fiquem dúvidas


21-09-2012 16:17


Para que não fiquem dúvidas

Quando criei o meu Facebook, foi com a simples e mera vontade de re-encontrar "velhos amigos" e de ser um local onde posso partilhar com eles as alegrias e tristezas que a vida nos vai ofertando. No meu face, só existem pessoas que conheço mesmo, quer seja, pela vida pessoal, profissional, académica ou dos vários hobbies aos quais ao longo dos tempos me dediquei. Ao meu face, estão adicionados quase todos aqueles que em qualquer momento da minha existencia considerei "amigos", e a vida já me ensinou que "amigos" e "conhecidos" não são bem a mesma coisa! Mesmo entre os "amigos" existem diferenças entre mais ou menos "chegados", não fisicamente mas mais ou menos chegados ao "coração"!
Por isso, quando no meu Mural escrevo algo, escrevo porque o sinto, e porque tive vontade de o demonstrar aos meus "Amigos"! "Novel Modus Operandi" de demonstrar e combater a solidão que mesmo rodeados de pessoas, por vezes se abate sobre o nosso coração!
No meu Face, adoro demonstrar o carinho e orgulho que sinto pelas pessoas mais importantes da minha vida que são as minhas filhas! Foram, são e permanecerão a minha razão de viver! 
Tudo isto serve de preambulo para o seguinte. Decidi publicar um texto, escrito por mim quando as minhas filhas tinham 9 e 7 anos de idade, sobre tradições académicas, unica e exclusivamente como está bem explicito no meu comentário, para festejar o facto da minha filha mais velha ter entrado no Ensino Superior, e para agradecer ao "caloiros", a quem pedi na altura para manterem as Tradições até elas entrarem! O texto foi entendido pelos destinatários, mas parece que não foi por todos!
Se existe algo que me caracteriza enquanto pessoa, é o facto de demorar imenso a tomar uma decisão, não porque tenha medo de as tomar, mas porque me conheço e sei que depois de tomada, não volto atrás. Não pensem que é por Orgulho, é simplesmente porque a ponderei e sei que tenho de assumir as consequencias dela. Serve isto para vos dizer que, o meu "último acto académico", tal como um professor que jubila "a minha ultima lição", foi ter tirado a minha capa dos ombros e ter abandonado o 2º Congresso de Tradições Académicas! Tudo o qe se passou à posteriori são meros "fait-divers", na minha vida. Fiz consciente do acto, fiz convicto, fiz porque o desejava fazer! Estava exausto, estava só, estava desiludido. Exausto por ter feito um trabalho imenso e ter visto que não tinha sido captada a mensagem. Estava só, porque podemos ter imensas pessoas à nossa volta e continuarmos sós. Estava Desiludido porque estava-me a sentir atingido naquilo que mais me consegue magoar, na Ingratidão de alguns! 
Nunca pautei a minha vida em busca de agradecimentos, foi ensinado que "a minha mão esquerda não deve saber o que faz a direita"! Não posso contudo negar que fico orgulhoso, quando na vida e mesmo aqui no Facebook, recebo palavras de reconhecimento de muitos que por vezes nunca pensei receber!
Ontem, na sequência do referido texto, recebi uma mensagem que muito apreciei, de alguém que embora do outro lado da "barricada" ganhou o meu respeito, e pelos vistos ganhei o dele. Não por termos ganho algo, mas porque ambos decidimos ser suficentemente sensatos para ser possivel atingir "o bem" de muitos! Fiz questão de lhe agradecer a deferencia de tratamento e continuo a agradecer!
Espero que fique bem esclarecido, que o texto, tem 9 anos, que não fazia ideia que existiam problemas na Academia do Porto bem como que este simples texto podia dar origem a confusões. Aprendi à muito que "as Tradições Academicas são de estudante para estudante", que embora me considere e vá continuar a considerar "um Eterno Estudante", não o sou de facto porque não estou matriculado e como tal deixo as coisas para quem lá anda, podendo ou não pessoalmente concordar ou não com algumas atitudes, deixo por norma a minha opinião reservada para os "amigos mais chegados", e sempre num exercicio meramente retórico! 
Ao contrário dos meus amigos das Tradições Académicas, estou noutra fase já. Estou na fase de apreciar o carinho, o prazer, o entusiasmo que a minha filha está a sentir pelas Tradições Académicas às quais um dia me entreguei de alma e coração. Estou na fase de receber o entusiasmo dela pelo legado para o qual humildemente labutei.
Peço pois aos meus amigos chegados, aos meus amigos e aos meus conhecidos que por favor não me desiludam e deixem-me viver com carinho e devoção este momento único na minha vida, o qual estou certo muitos de vós estareis a poucos anos de viver! Nada é mais importante para mim do que as minhas filhas, nem mesmo eu próprio. 
Quanto às confusões que por aí vão havendo, queria só afirmar o seguinte: Tenho "amigos chegados" de ambos os lados da barricada.
Lamento-o profundamente!
São amigos a quem reconheço imensos méritos académicos e pessoais. Amigos a quem devo imenso, quanto mais não seja pelo facto de me considerarem amigo e pelo facto de sempre terem confiado em mim para os apoiar e aconselhar. 
Se ainda me consideram amigo peço-vos por favor que se entendam todos, "o que vos une é muito mais que o que vos desune", a humildade e sobriedade dessas "capas negras" exige-vos isso mesmo. Humildade, Sobriedade, Despreendimento, Solidariedade!
Permitam-me que vos diga a todos que os cerca de 40.000 novos estudantes do Ensino Superior para uns, "Caloiros" para outros, têm o direito a usufruir de todas as tradições académicas. A a liberdade que todos vós possuis de estar em conflito uns com os outros tem de acabar porque colide directamente com este direito que eles têm!
Façam um enorme favor a este vosso Amigo e entendam-se, a diferença entre o ser humano e alguns animais, dizem que, é a capacidade de dialogar e raciocinar! Façam juz, por favor, aos extraordinários seres que sei que todos são!
Eu, como pai dir-vos-ei,
AD ETERNUM GRATUS
O Vosso Amigo Fernando, num tempo já longinquo "Fernandus Bandalhus Secundus"

FORÇA INFANTIS - Uma Caminhada rumo ao Titulo

 16-06-2011 13:45


FORÇA INFANTIS - Uma Caminhada rumo ao Titulo


Começa hoje a Fase Final de INFANTIS Femininas em Valongo do Vouga.
Começa hoje a ultima fase final do “Pleno de Fases Finais” que este ano conseguimos.
Começam hoje a jogar os seus ultimos 5 jogos que as conduzirão até à Gloria do Titulo de Campeãs Nacionais as nossas mais pequenas jogadoras.
Até agora, terminamos as outras 3 Fases Finais com o Titulo de Vice-Campeãs Nacionais, sempre em igualdade pontual com o Campeão, mas desta vez tenho a certeza que vamos Ganhar, porque até já Ganhamos! Já Ganhamos o Futuro com esta equipa de excelentes atletas. Ganhamos o Futuro, porque é possivel olhar desde as Seniores até às Infantis e ver atletas apaixonadas por andebol, com um empenho, um espirito de luta,sacrificio e de trabalho enormes, com uma vontade ferrea de ser Campeãs. Com algo já pouco em moda que é:
ORGULHO em ser MAIATAS!
AMOR à Camisola!
Este ano dei por mim extasiado nas mesas de jogo a ver esta equipa de miudas tão pequeninas a jogar. Pelo nivel de jogo apresentado, pelos conteudos tecnicos, pela inteligencia a jogar. Pelo nivel de qualidade individual das pequenas atletas!
Este ano dei por mim extasiado a ver o empenho com que elas treinavam, com a vontade que elas demonstram em aprender!
Dei por mim estarrecido com a responsabilidade que estas pequenas atletas demonstravam nos treinos.
Dei por mim boquiaberto sentado no banco junto delas a ver a atenção e humildade com que reconheciam os erros detectados pela treinadora e os emendavam!
Vi pavilhões encher de gente que gosta e sabe de andebol só para as ver jogar!
Vi e ouvi adversários rendidos e resignados à qualidade desta Equipa!
Vi,na pratica, que um bom atleta tem de ter bases solidas, logo desde pequenino e que um bom Clube tem de apostar em Excelentes treinadores nos escalões mais jovens para garantir uma formação correcta e eficaz.
Vi uma equipa, desde as Atletas, à Seccionista e Treinadora com um espirito de união e equipa que ainda não tinha visto.
Vi uma equipa que apesar do empenho valoroso dos adversários foi sempre capaz de os superar e chegar à Fase Final 100% vitoriosa, e sem margens para dúvidas!
Porque têm a Melhor Seccionista!
Porque têm a Melhor Treinadora!
Porque têm as Melhores Atletas!
Porque têm o Melhor Clube!


EU ACREDITO que elas vão ser CAMPEÃS NACIONAIS!
Força Meninas, já só faltam 5 jogos!
Vocês são umas “TRUTAS”!


Para Ti, Ana


 01-06-2011 17:02

Para Ti, Ana


No domingo passado fiquei triste porque não te pude ver festejar o titulo de Campeã Nacional de Juniores!
E foi por tão pouco! Bastava que o ultimo remate, de uma das mais promissoras atletas de  andebol portuguesa, tivesse entrado na baliza, e hoje eras Campeã Nacional.  Mas é isto que torna o Desporto que elegeste tão especial e apaixonante. A 40 segundos do fim da Fase Final eras Campeã! Aos 30 segundos deixaste de ser...e se aquela bola entrasse, num jogo que nem era nosso, voltavas a ser!
Mas não fiquei triste por mim! Fiquei triste por ti! Tu merecias ser Campeã!
No próximo fim de semana voltas a ter outra hipotese, agora de ser Campeã Nacional de Juvenis!
Vai ser dificil? Claro que  vai! Mas eu acredito em ti, na tua equipa, no teu treinador, no teu seccionista e em todos os que tornam este Clube tão especial. Tenho a certeza que todos voces vão lutar com todas as forças imaginárias e imagináveis para não ficarem a depender de ninguém, nem mesmo da sorte, para festejarem o que merecem!
Quando decidiste partir para este desafio, houve quem dissesse:  “Não sei o que a Ana vai fazer para o Maiastars”; “A Ana só aguenta uma semana”; “A Ana não tem lugar naquela equipa”
E a tua resposta, princesa, deixou-me orgulhoso!
Respondes-te a esta gente com:
Muito trabalho, muito sacrificio, muito empenho e muita abnegação.
Passaste o Verão de 2010 a trabalhar fisicamente para preparares a pré-época; Passaste horas em viagens de Metro para treinar e jogar e muitas dessas horas sozinha; Passaste o ano a jantar ás 23 horas, muitas vezes sem forças para levantar o garfo; enfrentas-te as ameaças de teres de deixar de jogar; enfrentas-te o stress de não saberes se eras convocada; enfrentas-te as dificuldades de teres de te adaptar a metodos e ritmos de treino muito mais exigentes.
Mas passada “a Semana”:
Foste Aplicada, Lutadora, Preserverante, Corajosa, Empenhada e Feliz; Lutaste pelos teus objectivos; Continuas a ter excelente aproveitamento escolar; Conseguiste etapa após etapa superar todos os obstaculos sem pensar em desistir; integraste-te numa equipa já formada, onde a novidade foste tu, jogaste quase todos os jogos; jogaste no Campeonato de Juniores na melhor equipa nacional; fizeste nessa equipa o apuramento para a Final do Campeonato; Vais jogar na Final do Campeonato de Juvenis; Podias e ainda podes ser Campeã Nacional, porque Vice-Campeã já és!
Sonhaste, Lutaste e está a Acontecer!
Tenho a certeza que neste fim de semana vais lutar até à exaustão para trazeres a medalha de primeiro lugar!
Mas tenho a certeza primordial de que, com medalha e com titulo ou sem nada disso, já não precisas de provar nada a ninguém, muito menos a quem gosta de ti e a mim em particular, porque para mim:

“ÉS UMA CAMPEÔ
e
“ TENHO UM ENORME ORGULHO DE SERES MINHA FILHA”

AD ETERNUM CHICO E RAIMUNDO


04-05-2011 17:14

AD ETERNUM CHICO E RAIMUNDO



Ontem decidi assistir ao Cortejo da Queima das Fitas do Porto 2011.
No meio daquela confusão toda veio-me à memória um Cortejo de há muitos aos atrás. O Cortejo mais triste em que participei. Lembrei-me de ti meu amigo Raimundo. Fiz questão de ver o Cortejo do mesmo local em que o viste nesse ano. Nesse ano longinquo houve uma Faculdade da U.P. que fez todo o Cortejo em silencio. Somente junto à Tríbuna onde tu estavas nos convidaram a juntar a eles e Cantar " O Chico é nosso e há-de ser...". Ultima homenagem de Economia ao nosso Chico, malogrado Dux de Economia desaparecido do nosso convivio nesse ano. A nossa voz não saía e uma torrente de lágrimas teimava em cair dos nossos olhos tentando afogar as Saudades.
Nessa altura não consegui imaginar que dentro em breve também tu nos deixarias e irias ao encontro do Chico!
Foi o último Cortejo que estive contigo!
Mas ontem, ao lado da Tribuna, no local onde estavas nesse ano, voltei a sentir a Vossa Presença!
Imaginei os comentários que fariamos, recordei os que fizemos, revivi momentos únicos. Voltei a estar convosco!
"Nunca se morre quando se permanece vivo no coração de alguém"
Enquanto Deus me deixar aqui permanecer tenho a certeza que permanecereis vivos.
Ainda o estais no meu coração!
AD ETERNUM CHICO E RAIMUNDO

Carta Aberta ao meu “Amigo” Américo Martins

15-09-2008 16:25

 Carta Aberta ao meu “Amigo” Américo Martins

Sabes, Américo, ponderei imenso em te escrever esta carta, mas penso que me assiste o direito de te escrever. Ainda assim, decidi que vou deixar que a leias, antes de ser publicada. Decidi assim, porque nada me move contra ti, nem contra ninguém, porque não quero problemas, mas após este tempo de silêncio, mereço algumas respostas. Decidi que a leias, porque continuo o ser o mesmo que após o falecimento de um amigo comum te dei a ler a homenagem que lhe tinha escrito e não a publiquei porque me disseste que ia dar polémica. É verdade, Américo, por muito que custe a muitos, continuo a ser o amigo fiel, mesmo quando não é reciproco!
Outra coisa que ponderei foi a quem me dirigir?
Ao meu “amigo” Américo, ou ao Dux-Veteranorum?
Decidi pelo meu “amigo”, porque a tua faceta de Dux- Veteranorum é aquela com que mais discordo! Mas tive de colocar o amigo entre aspas, porque para amigo tens andado muito distante, e sinto que tenho o dever de te diferenciar daqueles que têm estado sempre presentes em todas as circunstancias!
Sabes, Américo, está a começar uma nova semana de recepção ao caloiro, a segunda que me vejo impedido de participar! O que me custa é que esse impedimento teve o teu beneplácito.
Após estes dois anos de silencio resolvi escrever-te porque continuo à espera do teu telefonema para ouvir as razões da tua atitude! Como não telefonas, eu escrevo-te, com a vantagem de algo escrito não poder ser negado, e assim talvez me distingas de alguns algozes que te rodeiam de mentiras, sem darem oportunidade de resposta. Esta carta vai ser merecedora de resposta, quanto mais não seja de algum ou alguns dos teus lacaios que virando dama ofendida, desta vez vão pedir o meu assassinato.

Mas aqui vão as perguntas que é para isso que te escrevo:

- Esta recepção ao caloiro vai ter mais “Vida e Paixão” do que a última em que participei?

- Nesta recepção vai haver algum evento para credibilizar as Tradições Académicas e por consequência o seu Dux-Veteranorum?

- Como não posso participar, podes dizer-me qual foi o grande evento que o Magno promoveu após Congresso, além é claro, do meu afastamento?

- Já tens a Fundação de Tradição Académica feita, que era um dos teus grandes anseios para ficar como legado de todos nós?

- O Magnum já reune na sede que o Reitor da U.P. nos ofereceu, ou continua a reunir pela cidade, sem sede própria?

- O Magnum está tão forte como esperavamos à dois anos vir a estar?

- Quantas Instituições Novas recebeste no Magnum, após o meu afastamento? Se quiseres ainda consigo arranjar mais três ou quatro e que te serão fieis!
- Já conseguiste voltar a reunir os cerca de 50 conselhos de veteranos que compõem esta academia?

- Estás mais bem rodeado neste Magnum, ou continuas rodeado de seis ou sete que te bajulam, mas que se aproveitam de ti quando precisam?

- Já te respeitam, ou continuam a temer-te?

- Aumentaram os apaixonados por Tradição Académica, ou pelo contrário aumentaram aqueles Praxistas, que por norma usam a terminologia da palavra mas começam-na por “T”?

-Já tens um Magnum renovado, ou sairam os bons e os maus vão “renovando” por mais um ano, quais jogadores de futebol!

- Vai haver uma saudação ao Reitor tão forte como à dois anos, ou já nem a U.P. consegues reunir, porque não acreditam no Magnum?

- O meu afastamento serviu para dares o exemplo, e agora tens um magnum mais fiel, com ideias, com escola e que vive a Tradição Académica com “Vida e Paixão”, ou eu fui o último exemplo que quiseste perder?

Ainda me faltam algumas perguntas para as quais nunca obtive resposta!

- Explica-me como consegues conviver com o novo tipo de Dux, o “Dux-Comercius”?
Com os “Dux-Bilheteiro” eu sei como lidavas, não tinham credencial para a Queima, mas estes...
... Não me digas que os confrontas com um decreto, devidamente elaborado e assinado, que é afixado na porta dos estabelecimentos no inicio do ano e antes da queima, que os decreta, estabelecimentos “non-gratos na praxe”? ( é que “à mulher de César não basta sê-lo tem de parecê-lo”, e fica um bocado dificil explicar que se conhece um estabelecimento que por acaso vende coisas de praxe, e que só por mero acaso é nosso,e que foi criado para servir os caloiros e doutores desta academia!)

E eu é que sou “Personna non Grata na Praxe”

- Finalmente acabaste com “a Praxe do Apetece-me”? Não a usaste no meu caso! Embora por uma questão de coerência eu te deva agradecer, é que como sabes, eu sempre fui contra esse  tipo de praxe, embora já te tenha visto usá-la em casos parecidos com o meu, para defenderes um Amigo!

- Já tens no Magnum ou na Academia alguém que te conheça realmente, ou continuas rodeado por gente que não te conhece, e digo eu, não te reconhece, simplesmente te assume porque não têm coragem de te confrontar. É que lembro-me de te ouvir dizer publicamente num jantar de Enfermagem Cidade do Porto que este subscritor era a pessoa que melhor te conhecia na Academia. “Mudam-se os tempos... mudam-se os conhecimentos”!
- E diz-me, por favor, já existe Tradição Académica organizada em Belas Artes? Não acredito que não exista ninguém no teu Magnum capaz de lá ir, como alguém agora não grato foi a Arquitectura da U.P.
- Por falar nisso, quando dá asneira nos cortejos da queima, já tens alguém com bom-senso que vá lá resolver como a “personna non grata” foi a Arquitectura, ou continuas rodeado por aqueles que de garrafa de vinho na mão chegaram lá capazes de bater nos colegas.

- Diz-me se for possivel, como lidas com os “Dux 10%”? Não me digas que estás tão fora de contexto que não sabes que existem Dux que recebem 10% das actividades que organizam!
Investiga!
Afinal é a tua profissão!

Estas são perguntas que gostava de ver respondidas, em nome de uma amizade de 15 anos, durante os quais sempre tive para contigo uma posição de amizade, respeito, conhecimento, reconhecimento e lealdade.
Não quero acreditar que te esqueceste que nos grandes eventos que o Magnum realizou nos últimos anos eu estive sempre presente na organização, e de alguns deles sou mesmo o pai da ideia!
Não! Eu sei que não esqueceste da serenata de homenagem “ao nosso chico”; da serenata surpresa para comemorar os teus 30 anos de Academia, e do Congresso!

Por falar em homenagem ao Chico, já alguém no teu Magnifico Magnum se lembrou de fazer a merecida homenagem ao Raimundo?
Ou como já não posso estar presente, uma vez que sou non-grato, ela vai ficar tão esquecida como o Decreto do Magnum de Luto Académico, por ele, ficou!
Ainda hei-de ver alguns dos que te rodeiam um dia em cima de um palco a homenagear o Raimundo, como vi alguns no Congresso a homenagear o Soromenho, quando em vida mal chegavam perto dele, pois eram apenas os cães-de-fila do Transeptus!

Sabes, “Amigo”, o meu maior defeito em Tradição Académica é que tenho uma memória e sei de coisas que estes caloiros que te rodeiam estão longe de imaginar!
Previlégios de um caloiro que teve a sorte de privar com pessoas como o Chico, o Raimundo, o Zé, o Tó e tu próprio durante uns bons anos!

Pronto Américo, já te fiz quase todas as perguntas que queria!

Marquei eu o café para te ler esta carta, espero que o próximo marques tu para me dares as respostas!
Marca o café mas não venhas acompanhado por pessoas com as quais eu não me sento a nenhuma mesa! Agora estou esquisito, só tomo café com os meus Amigos e sei que sabes quem eles são, e com alguns mas muito poucos dos meus “Amigos” como tu, que sei que também sabes quem são! Nunca mais me sento é, com ingratos e traidores como é o caso de alguns que te rodeiam, mas também esses tu sabes quem são!

Um abraço de uma “Personna Non-Grata”, mas que será sempre muito grato para aqueles que me ensinaram e comigo ficaram nos bons e nos maus momentos!

Como já não posso dizer “Ad Eternum” digo-te até sempre
O teu Amigo
Fernando Borges
(ex Fernandus Bandalhus Secundus)

Homenagem a duas académicas de 9 e 7 anos

15-06-2003 15:39

Homenagem a duas académicas de 9 e 7 anos

Desde que as minhas filhas nasceram sempre as levei comigo para tudo o que eram actividades de Tradição Académica. Adormecia-as a cantar músicas de tunas e fados académicos e quiçá pelo amor que me têm, adormeciam ao som das melodias e das letras tão lindas que a minha voz se tornava incapaz de as retirar desse enlevo apesar do mal cantar. Assim, as minhas filhas foram crescendo habituadas a ouvir e ver uma serenata; a ouvir e ver um festival de tunas; a ouvir e ver algumas tertúlias; a conviver com pessoas trajadas de negro, e a ver nelas os amigos de todas as ocasiões. Nunca viram exercer praxe no sentido mais forte da palavra. Já viram muitas vezes “gozo ao caloiro”, já participaram comigo em “milhentas” actividades académicas, possuem uma vivência académica que os seus 9 e 7 anos de vida quase lhes permitia serem veteranas desta academia, e nunca viram praxe académica a ser exercida, já viram foi tradição, imensas vezes. A tradição do respeito, que o pai delas ao longo destes anos foi conseguindo granjear por uma academia que tem vindo a crescer em quantidade, tem sido para elas motivo de orgulho. O carinho que têm recebido por parte de tantos e tantos académicos que ao longo dos anos as têm conhecido, sejam caloiros ou veteranos, tem sido a paga daquelas noites e dias em que queriam estar com o pai e ele ia para as coisas da Tradição Académica. Sempre ensinei às minhas filhas que isto da Tradição Académica era um modo de viver e sentir a vida muito especial e diferente, e que o pai delas com a sua experiência de vida e com a sua experiência académica tinha obrigação de transmitir o legado que outros que o antecederam lhe deixaram, que era meu dever mostrar aos mais novos como era possível ter uma vida académica apaixonada e feliz.

Agora ando com um problema para resolver com elas. É que algumas pessoas, que embora de gerações mais novas do que eu, a quem eu sempre ensinei as minhas filhas a vê-los como bons académicos, andam por aí a dizer que são praxistas. Embora pareça um problema pequeno, é grande do ponto de vista de coerência e pedagogia. Agora, quando saio para alguma actividade académica, como todos eles falam em Praxe, as minhas filhas pensam que não me podem acompanhar e perguntam-me sempre quem é que eu vou castigar. Talvez seja a linguagem deste tempo a que está certa, não sei, embora acredite que não, mas o meu problema mantém-se. Sempre que a comunicação social fala em Praxe, lá vem asneira e lá tenho eu as perguntas das minhas veteranas,     “ Papá é nisto que tu andas?”. Lá tento explicar que não, que as pessoas como o papá têm o dever de ver o que se passa para estas coisas não acontecerem, que aquilo são disparates de quem não sabe Tradição, nem o que é Praxe Académica, mas sei que no fundo não lhes tiro todas as dúvidas, e isso deixa-me irritado.

Há verdades que não lhes consigo escamotear!

Elas já não vêem tunas em ronda pela cidade a tocar serenatas às donzelas, e como dizia o meu padrinho de praxe, “e às também não”. Elas vêem muitas tunas, mas poucas de qualidade, não artística mas tunante.  Elas vêem grupos de fados, mas só uma ínfima parte com qualidade. Elas vão comigo a Faculdades e Universidades e não vêem as tunas a tocar nos bares. Elas vêem muita gente de capa e batina, mas vêem muito pouca gente trajada. Vêem muita gente de capa e batina mas não vêem aquele espírito de irmandade que viam antigamente. Vêem gente com cargos mas não vêem cargos com gente. Vêem muita gente a servir-se e muito pouca a servir. Vêem gente vestida com as cores das Faculdades e alguns de capa e batina a acompanhar, a gritarem obscenidades pela cidade em duas alturas certas do ano, em meados de Outubro e inícios de Maio, e nunca mais vêem nada.
Temo sinceramente que dentro em breve me perguntem se a Tradição que eu tanto gosto se limita a este “gozo ao caloiro”, ou se foi este que se sobrepôs e matou a minha Tradição Académica. Temo porque não sei responder e às filhas não se mente.

Por tudo isto, resolvi escrever a pedir ajuda!

Ajuda aos académicos desta Academia para que se identifiquem como académicos e não como praxistas!

Ajuda às tunas para que saiam em ronda pela cidade, e para que deixem de lado os preciosismos das actuações para o prémio e passem a ser tunos como eram dantes e “a tocar por tocar, e para encantar”.

Aos grupos de fados para que apurem a sua qualidade e toquem e divulguem esta parte da tradição. Se todos os que tocam guitarra o tocarem com a paixão do meu amigo Miguel, do grupo de fados de Engenharia, todos os que vos ouvirem apaixonam-se pelo fado académico.

A tanta e tanta gente que anda de capa e batina, para que traje! Nunca esquecendo como já alguém disse um dia, aquela célebre frase: “ O Trajo não se veste, sente-se”.

Aos que usam capa e batina para que vivam as tradições académicas como uma autêntica irmandade, de modo a que o espírito de amizade, carinho, paixão, solidariedade e irreverência que sempre marcou os académicos seja sempre perpetuado.
Que sintam e usem como lema “o nosso academismo prova-se e comprova-se a cada dia que passa”. Para que sejam humildes e estudem a história desta academia de modo a que esta não seja esquecida nem desrespeitada. Que usem os cargos e não se usem deles. Andem com as cores que quiserem mas acima de tudo usem aquela que é a cor da nossa união. Façam tertúlias pela cidade, mas chamem os anciãos desta academia para testemunharem e transmitirem conhecimentos que já só eles possuem, e convidem-me para assistir, é que a sede de ouvir falar quem sabe é tanta que quase estou a morrer de sede.
Honrem a memória de tantos que por esta academia viveram e que, agora que não estão cá presentes fisicamente, por ela devem estar a rezar. Aqui não podia deixar de focar três pessoas que marcaram esta Academia, como exemplo de tantos e tantos que já partiram, O Augusto Soromenho, O Chico Moura e o Raimundo, honra lhes seja feita!
Como usa dizer o nosso Dux Veteranorum “ausentes mas sempre presentes”.

Se este meu pedido for atendido por todos ou pelo menos pela maioria, então estou certo que as minhas veteranas domésticas ainda terão academia daqui a 8 e 10 anos, e sentirão orgulho pela ínfima participação que o papá delas teve para que isso acontecesse.

É esta a homenagem que eu queria prestar ás “veteranas” Catarina e Mariana que quando sentirem o seu trajo ainda seja possível fazê-lo com o sentido que o papá delas fez.

Traditionnes Ad Eternum

Fernandus Bandalhus Secundus

Bem-vindo ao meu Blog

A minha vida tem sido vertida em vários factores. O Profissional, o Desportivo, o Académico, e o de promotor de Eventos. Ao longo dos anos que já levo fui escrevendo sobre imensos aspectos dessas vertentes. Os textos andaram de lado para lado, perdidos nos discos dos vários computadores que ao longo do tempo fui possuindo. Achei que era hora de os juntar. Achei que era hora de eles se verem uns aos outros e até mesmo para eu os poder ver a todos e conseguir analisar até que ponto mesmo na diversidade das actividades, consigo manter a coerência na existência e nos princípios. Tenho para mim que sou uma pessoa de bom senso, que adora ter paz em seu redor, mas que se tiver de ir a uma guerra o faço. Contudo somente em última instância parto para esta hipótese. Gosto muitas vezes de ler o que escrevo, gosto sinceramente da ironia que consigo imprimir aos meus escritos.,  ou projectos de escritos.
"Ó vos que passais junto a mim pelo Caminho" é uma frase bíblica de um Salmo, uma música que cantei imensas vezes, sim porque também fui "menino do coro", serve aqui para vos exultar a ler o que escrevi, datarei sempre que possível os textos antigos porque têm de ser contextualizados, sempre que não o consiga tereis de fazer contas.
Por isso todos vós que passais junto a mim neste Caminho que tem sido a minha vida, têm aqui uma possibilidade de me conhecer melhor porque um dos meus maiores defeitos é que quando escrevo, o faço com o coração e ao sabor da escrita, o que me retira as defesas.

Nota aos visitantes

Enquanto não for obrigado, recusarei a escrita do acordo ortográfico. Afinal nós é que descobrimos metade do Mundo, e se este acordo ainda não está em uso nos outros Países, porque raio de razão é tenho de ser eu a mudar a minha escrita. Além disso, nunca saberei qual deve ser "o meu fato para um facto novo", que nunca será "o meu fato para um fato novo". Enfim, aqui sempre poderão ler na língua de Torga, só para citar aquele mais próximo de nós, ou dos novos escritores que adoro ler como Luis Miguel Rocha, Daniel da Silva, ou José Rodrigues dos Santos.