sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Carta Aberta ao meu “Amigo” Américo Martins

15-09-2008 16:25

 Carta Aberta ao meu “Amigo” Américo Martins

Sabes, Américo, ponderei imenso em te escrever esta carta, mas penso que me assiste o direito de te escrever. Ainda assim, decidi que vou deixar que a leias, antes de ser publicada. Decidi assim, porque nada me move contra ti, nem contra ninguém, porque não quero problemas, mas após este tempo de silêncio, mereço algumas respostas. Decidi que a leias, porque continuo o ser o mesmo que após o falecimento de um amigo comum te dei a ler a homenagem que lhe tinha escrito e não a publiquei porque me disseste que ia dar polémica. É verdade, Américo, por muito que custe a muitos, continuo a ser o amigo fiel, mesmo quando não é reciproco!
Outra coisa que ponderei foi a quem me dirigir?
Ao meu “amigo” Américo, ou ao Dux-Veteranorum?
Decidi pelo meu “amigo”, porque a tua faceta de Dux- Veteranorum é aquela com que mais discordo! Mas tive de colocar o amigo entre aspas, porque para amigo tens andado muito distante, e sinto que tenho o dever de te diferenciar daqueles que têm estado sempre presentes em todas as circunstancias!
Sabes, Américo, está a começar uma nova semana de recepção ao caloiro, a segunda que me vejo impedido de participar! O que me custa é que esse impedimento teve o teu beneplácito.
Após estes dois anos de silencio resolvi escrever-te porque continuo à espera do teu telefonema para ouvir as razões da tua atitude! Como não telefonas, eu escrevo-te, com a vantagem de algo escrito não poder ser negado, e assim talvez me distingas de alguns algozes que te rodeiam de mentiras, sem darem oportunidade de resposta. Esta carta vai ser merecedora de resposta, quanto mais não seja de algum ou alguns dos teus lacaios que virando dama ofendida, desta vez vão pedir o meu assassinato.

Mas aqui vão as perguntas que é para isso que te escrevo:

- Esta recepção ao caloiro vai ter mais “Vida e Paixão” do que a última em que participei?

- Nesta recepção vai haver algum evento para credibilizar as Tradições Académicas e por consequência o seu Dux-Veteranorum?

- Como não posso participar, podes dizer-me qual foi o grande evento que o Magno promoveu após Congresso, além é claro, do meu afastamento?

- Já tens a Fundação de Tradição Académica feita, que era um dos teus grandes anseios para ficar como legado de todos nós?

- O Magnum já reune na sede que o Reitor da U.P. nos ofereceu, ou continua a reunir pela cidade, sem sede própria?

- O Magnum está tão forte como esperavamos à dois anos vir a estar?

- Quantas Instituições Novas recebeste no Magnum, após o meu afastamento? Se quiseres ainda consigo arranjar mais três ou quatro e que te serão fieis!
- Já conseguiste voltar a reunir os cerca de 50 conselhos de veteranos que compõem esta academia?

- Estás mais bem rodeado neste Magnum, ou continuas rodeado de seis ou sete que te bajulam, mas que se aproveitam de ti quando precisam?

- Já te respeitam, ou continuam a temer-te?

- Aumentaram os apaixonados por Tradição Académica, ou pelo contrário aumentaram aqueles Praxistas, que por norma usam a terminologia da palavra mas começam-na por “T”?

-Já tens um Magnum renovado, ou sairam os bons e os maus vão “renovando” por mais um ano, quais jogadores de futebol!

- Vai haver uma saudação ao Reitor tão forte como à dois anos, ou já nem a U.P. consegues reunir, porque não acreditam no Magnum?

- O meu afastamento serviu para dares o exemplo, e agora tens um magnum mais fiel, com ideias, com escola e que vive a Tradição Académica com “Vida e Paixão”, ou eu fui o último exemplo que quiseste perder?

Ainda me faltam algumas perguntas para as quais nunca obtive resposta!

- Explica-me como consegues conviver com o novo tipo de Dux, o “Dux-Comercius”?
Com os “Dux-Bilheteiro” eu sei como lidavas, não tinham credencial para a Queima, mas estes...
... Não me digas que os confrontas com um decreto, devidamente elaborado e assinado, que é afixado na porta dos estabelecimentos no inicio do ano e antes da queima, que os decreta, estabelecimentos “non-gratos na praxe”? ( é que “à mulher de César não basta sê-lo tem de parecê-lo”, e fica um bocado dificil explicar que se conhece um estabelecimento que por acaso vende coisas de praxe, e que só por mero acaso é nosso,e que foi criado para servir os caloiros e doutores desta academia!)

E eu é que sou “Personna non Grata na Praxe”

- Finalmente acabaste com “a Praxe do Apetece-me”? Não a usaste no meu caso! Embora por uma questão de coerência eu te deva agradecer, é que como sabes, eu sempre fui contra esse  tipo de praxe, embora já te tenha visto usá-la em casos parecidos com o meu, para defenderes um Amigo!

- Já tens no Magnum ou na Academia alguém que te conheça realmente, ou continuas rodeado por gente que não te conhece, e digo eu, não te reconhece, simplesmente te assume porque não têm coragem de te confrontar. É que lembro-me de te ouvir dizer publicamente num jantar de Enfermagem Cidade do Porto que este subscritor era a pessoa que melhor te conhecia na Academia. “Mudam-se os tempos... mudam-se os conhecimentos”!
- E diz-me, por favor, já existe Tradição Académica organizada em Belas Artes? Não acredito que não exista ninguém no teu Magnum capaz de lá ir, como alguém agora não grato foi a Arquitectura da U.P.
- Por falar nisso, quando dá asneira nos cortejos da queima, já tens alguém com bom-senso que vá lá resolver como a “personna non grata” foi a Arquitectura, ou continuas rodeado por aqueles que de garrafa de vinho na mão chegaram lá capazes de bater nos colegas.

- Diz-me se for possivel, como lidas com os “Dux 10%”? Não me digas que estás tão fora de contexto que não sabes que existem Dux que recebem 10% das actividades que organizam!
Investiga!
Afinal é a tua profissão!

Estas são perguntas que gostava de ver respondidas, em nome de uma amizade de 15 anos, durante os quais sempre tive para contigo uma posição de amizade, respeito, conhecimento, reconhecimento e lealdade.
Não quero acreditar que te esqueceste que nos grandes eventos que o Magnum realizou nos últimos anos eu estive sempre presente na organização, e de alguns deles sou mesmo o pai da ideia!
Não! Eu sei que não esqueceste da serenata de homenagem “ao nosso chico”; da serenata surpresa para comemorar os teus 30 anos de Academia, e do Congresso!

Por falar em homenagem ao Chico, já alguém no teu Magnifico Magnum se lembrou de fazer a merecida homenagem ao Raimundo?
Ou como já não posso estar presente, uma vez que sou non-grato, ela vai ficar tão esquecida como o Decreto do Magnum de Luto Académico, por ele, ficou!
Ainda hei-de ver alguns dos que te rodeiam um dia em cima de um palco a homenagear o Raimundo, como vi alguns no Congresso a homenagear o Soromenho, quando em vida mal chegavam perto dele, pois eram apenas os cães-de-fila do Transeptus!

Sabes, “Amigo”, o meu maior defeito em Tradição Académica é que tenho uma memória e sei de coisas que estes caloiros que te rodeiam estão longe de imaginar!
Previlégios de um caloiro que teve a sorte de privar com pessoas como o Chico, o Raimundo, o Zé, o Tó e tu próprio durante uns bons anos!

Pronto Américo, já te fiz quase todas as perguntas que queria!

Marquei eu o café para te ler esta carta, espero que o próximo marques tu para me dares as respostas!
Marca o café mas não venhas acompanhado por pessoas com as quais eu não me sento a nenhuma mesa! Agora estou esquisito, só tomo café com os meus Amigos e sei que sabes quem eles são, e com alguns mas muito poucos dos meus “Amigos” como tu, que sei que também sabes quem são! Nunca mais me sento é, com ingratos e traidores como é o caso de alguns que te rodeiam, mas também esses tu sabes quem são!

Um abraço de uma “Personna Non-Grata”, mas que será sempre muito grato para aqueles que me ensinaram e comigo ficaram nos bons e nos maus momentos!

Como já não posso dizer “Ad Eternum” digo-te até sempre
O teu Amigo
Fernando Borges
(ex Fernandus Bandalhus Secundus)

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