sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Para que não fiquem dúvidas


21-09-2012 16:17


Para que não fiquem dúvidas

Quando criei o meu Facebook, foi com a simples e mera vontade de re-encontrar "velhos amigos" e de ser um local onde posso partilhar com eles as alegrias e tristezas que a vida nos vai ofertando. No meu face, só existem pessoas que conheço mesmo, quer seja, pela vida pessoal, profissional, académica ou dos vários hobbies aos quais ao longo dos tempos me dediquei. Ao meu face, estão adicionados quase todos aqueles que em qualquer momento da minha existencia considerei "amigos", e a vida já me ensinou que "amigos" e "conhecidos" não são bem a mesma coisa! Mesmo entre os "amigos" existem diferenças entre mais ou menos "chegados", não fisicamente mas mais ou menos chegados ao "coração"!
Por isso, quando no meu Mural escrevo algo, escrevo porque o sinto, e porque tive vontade de o demonstrar aos meus "Amigos"! "Novel Modus Operandi" de demonstrar e combater a solidão que mesmo rodeados de pessoas, por vezes se abate sobre o nosso coração!
No meu Face, adoro demonstrar o carinho e orgulho que sinto pelas pessoas mais importantes da minha vida que são as minhas filhas! Foram, são e permanecerão a minha razão de viver! 
Tudo isto serve de preambulo para o seguinte. Decidi publicar um texto, escrito por mim quando as minhas filhas tinham 9 e 7 anos de idade, sobre tradições académicas, unica e exclusivamente como está bem explicito no meu comentário, para festejar o facto da minha filha mais velha ter entrado no Ensino Superior, e para agradecer ao "caloiros", a quem pedi na altura para manterem as Tradições até elas entrarem! O texto foi entendido pelos destinatários, mas parece que não foi por todos!
Se existe algo que me caracteriza enquanto pessoa, é o facto de demorar imenso a tomar uma decisão, não porque tenha medo de as tomar, mas porque me conheço e sei que depois de tomada, não volto atrás. Não pensem que é por Orgulho, é simplesmente porque a ponderei e sei que tenho de assumir as consequencias dela. Serve isto para vos dizer que, o meu "último acto académico", tal como um professor que jubila "a minha ultima lição", foi ter tirado a minha capa dos ombros e ter abandonado o 2º Congresso de Tradições Académicas! Tudo o qe se passou à posteriori são meros "fait-divers", na minha vida. Fiz consciente do acto, fiz convicto, fiz porque o desejava fazer! Estava exausto, estava só, estava desiludido. Exausto por ter feito um trabalho imenso e ter visto que não tinha sido captada a mensagem. Estava só, porque podemos ter imensas pessoas à nossa volta e continuarmos sós. Estava Desiludido porque estava-me a sentir atingido naquilo que mais me consegue magoar, na Ingratidão de alguns! 
Nunca pautei a minha vida em busca de agradecimentos, foi ensinado que "a minha mão esquerda não deve saber o que faz a direita"! Não posso contudo negar que fico orgulhoso, quando na vida e mesmo aqui no Facebook, recebo palavras de reconhecimento de muitos que por vezes nunca pensei receber!
Ontem, na sequência do referido texto, recebi uma mensagem que muito apreciei, de alguém que embora do outro lado da "barricada" ganhou o meu respeito, e pelos vistos ganhei o dele. Não por termos ganho algo, mas porque ambos decidimos ser suficentemente sensatos para ser possivel atingir "o bem" de muitos! Fiz questão de lhe agradecer a deferencia de tratamento e continuo a agradecer!
Espero que fique bem esclarecido, que o texto, tem 9 anos, que não fazia ideia que existiam problemas na Academia do Porto bem como que este simples texto podia dar origem a confusões. Aprendi à muito que "as Tradições Academicas são de estudante para estudante", que embora me considere e vá continuar a considerar "um Eterno Estudante", não o sou de facto porque não estou matriculado e como tal deixo as coisas para quem lá anda, podendo ou não pessoalmente concordar ou não com algumas atitudes, deixo por norma a minha opinião reservada para os "amigos mais chegados", e sempre num exercicio meramente retórico! 
Ao contrário dos meus amigos das Tradições Académicas, estou noutra fase já. Estou na fase de apreciar o carinho, o prazer, o entusiasmo que a minha filha está a sentir pelas Tradições Académicas às quais um dia me entreguei de alma e coração. Estou na fase de receber o entusiasmo dela pelo legado para o qual humildemente labutei.
Peço pois aos meus amigos chegados, aos meus amigos e aos meus conhecidos que por favor não me desiludam e deixem-me viver com carinho e devoção este momento único na minha vida, o qual estou certo muitos de vós estareis a poucos anos de viver! Nada é mais importante para mim do que as minhas filhas, nem mesmo eu próprio. 
Quanto às confusões que por aí vão havendo, queria só afirmar o seguinte: Tenho "amigos chegados" de ambos os lados da barricada.
Lamento-o profundamente!
São amigos a quem reconheço imensos méritos académicos e pessoais. Amigos a quem devo imenso, quanto mais não seja pelo facto de me considerarem amigo e pelo facto de sempre terem confiado em mim para os apoiar e aconselhar. 
Se ainda me consideram amigo peço-vos por favor que se entendam todos, "o que vos une é muito mais que o que vos desune", a humildade e sobriedade dessas "capas negras" exige-vos isso mesmo. Humildade, Sobriedade, Despreendimento, Solidariedade!
Permitam-me que vos diga a todos que os cerca de 40.000 novos estudantes do Ensino Superior para uns, "Caloiros" para outros, têm o direito a usufruir de todas as tradições académicas. A a liberdade que todos vós possuis de estar em conflito uns com os outros tem de acabar porque colide directamente com este direito que eles têm!
Façam um enorme favor a este vosso Amigo e entendam-se, a diferença entre o ser humano e alguns animais, dizem que, é a capacidade de dialogar e raciocinar! Façam juz, por favor, aos extraordinários seres que sei que todos são!
Eu, como pai dir-vos-ei,
AD ETERNUM GRATUS
O Vosso Amigo Fernando, num tempo já longinquo "Fernandus Bandalhus Secundus"

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